sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Fichamento do texto: "Raça e História" - Autor: Claude Lévi-Strauss - Publicação: (Coleção la science moderne. UNESCO), París, 1952

I - RAÇA E CULTURA
Na atual conjuntura da ciência, é permitido afirmar a superioridade ou a inferioridade intelectual de uma raça em relação à outra. (pág. 328).
 
“Quando procuramos caracterizar as raças biológicas através de propriedades psicológicas particulares, afastando-nos da verdade científica, que definindo-as positivamente, quer negativamente”. Todos os tipos de raça, segundo Gobineau “não eram tão desiguais em valor absoluto como em suas aptidões particulares” (pág. 329).
 
“Mas o pecado original da Antropologiaconsiste na confusão entre a noção puramente biológica de raça e as produções sociológicas e psicológicas das culturas humanas.” (pág. 329).
 
As diferenças raciais devem-se à circunstâncias geográficas, históricas e sociológicas, e não à aptidões ligadas à Anatomia dos negros, amarelos ou brancos. (pág. 329).
 
A diversidade entre as culturas supõem inúmeros problemas. Deve-se perguntar em que consiste esta diversidade, sob o risco de ver o racismo ainda mal desenraizado de seu fundo biológico. Não se pode atribuir uma significação moral, intelectual pela etnia. “Não poderá pretender ter resolvido pela negativa o problema da desigualdade das raças humanas... as culturas humanas estão estreitamente ligados no espírito do povo. (pág. 330).

II - DIVERSIDADE DAS CULTURAS
“As culturas humanas não diferem entre sí do mesmo modo, nem no mesmo plano... devemos contar com formas da vida social que se sucederam no tempo. A diversidade das culturas humanas é, de fato um prsente, de fato e também de direito no passado”. (pág.331).
 
Qual a definição de culturas diferentes? - Elas primeiramente parecem pertencer à um tronco comum, por outro lado, não diferem como duas sociedades com relações diferentes quanto ao desenvolvimento. As próprias línguas tendem à diferenciar-se uma das outras. (pág.331).
 
Os homens elaboram diferentes culturas por fatores geográficos, muitos costumes nasceram da vontade de não paracer atrasado em relação ao grupo visinho.

III – ETNOCENTRISMO
É um fenômeno natural, resultante das relações diretas ou indirentas entre as sociedades. Consiste em repudiar as formas culturais, morais, religiosas, sociais, estéticas. (pág.333).
 
Na antiguidade, tudo que não participava da cultura grega era chamado de bábaro, e loge estes selvagem. “Recusamos admitir o próprio fato da diversidade cultural, preferimos lançar fora da cultura, na natureza, tudo que não se conforma à norma sobre a qual se vive”. (pág. 334).
 
Esse etnocentrismo considera esses tópicos como “falso e evolucionaista”, ou seja, suprime a diversidade cultural, fingindo reconhecê-la plenamente, apesar de estágios e etapas, vê-se que a diversidade é apenas aparente. (pág.336).
 
“A noção de evolução biológica corresponde à uma hipótese dotada de um dos mais altos coeficientes de probabilidade que se podem encontrar no domínio das ciências naturais; ao passo que a noção de evolução social ou cultural só traz, no máximo, um procedimento sedutor, mas perigosamente cômodo, de apresentação de fatos. (pág. 336).
 
“O evolucionismo sociológico devia receber um impulso vigoroso do evolucionismo biológico, mas ele é anterior ao tempo. O evolucionismo social é muito frequente apenas à maquilagem falsamente científica de um velho problema filosófico, para o qual não existe qualquer certeza de que a observação e a indução possam algum dia forcecer a chave” .(pág.336)

Fichamento do texto: "O indivíduo, a cultura e a sociedade" - Ralph Linton Publicação: (The cultural background of personality), Londres, 1952

Segundo Ralph Linton, “por hora é suficiente definir cultura como maneira de vider de uma sociedade”... “Representam todos a atitude normal e previsível de qualquer dos membros da sociedade diante da situação”. Geralmente, a amaior parte das pessoas desse grupo, reage da mesma forma e uma determinada situação. “Um tal consenso sobre a conduta e a opinião constitui um padrão cultural; a cultura como todo, é um conjunto mais ou menos organizado de tais padrões”. (pág. 98)
 
A cultura proporciona aos membros de uma sociedade uma diretriz indispensável para todas as áreas da vida. “Sem ela, tanto a sociedade como seus membros estariam impossibilitados de funcionar eficientemente”; tal como o corpo humano. (pág.98).
 
A inexistência de padrões culturais proporciona à sociedade uma certa segurança, com seu fundamento na aprovação social e no poder da pressão sobre aqueles que não se enquadram. (pág. 99).
 
“A existência de padões culturais é necessária tanto para o funcionamento de qualquer sociedade, como para toda conservação. A estrutura é, em sí, um aspecto da cultura” (pág.99)
 
O sistema social é uma configuração mais extensa de padrões culturais, que proporcionam ao indivíduo meios para a vida em grupo e para integração social. “As sociedades se perpetuam ensinando aos indivíduos de cada geração os padrões culturais referentes às posições que se espera que ocupem na sociedade”. (pág.100).
 
O indivíduo desempenha um papel duplo em relação à cultura. Apesar de nossas aptidões, de uma influência da sociedade e da cultura existem pessoas que mesmo com mesma formação constitui-se diferentemente. Embora o indivíduo tenha que inventar, ele faz isso por suas próprias necessidades. (pág. 101).
 
“Afim de funcionar bem como unidade social, o indivíduo deve assumir certas formas exteriotipadas de comprtamento, ou melhor, certos padrões culturais. Muitos desses padrôes estão mais orientados para a manutenção da sociedade que para satisfação de necessidades individuais”. Dentro da sociedade tornou-se hábito falar de suas necessidades próprias, diferentes das dos indivíduos que as compõem. Linton diz que as sociedades são bem diferentes de organismos vivos. (pág. 101).
 
A cultura deve incluir técnica para aceitação de nossos indivíduos no sistema de valores sociais, e em sua preparação para ocupar os lugares determinados na estrutura. É preciso incluir a recompensa para o comportamento“certo” e desencorajamento para o indesejável. Os padrões culturais devem se auto-ajudar para impedir um conflito. Todas as sociedades desenvolvem em suas próprias culturas preencherem tais condições (pág. 102).

Fichamento do texto: "Você tem cultura?" - Roberto da Matta

A cultura não é uma simples palavra, e sim uma categoria intelectual; uma definição que pode nos ajudar a compreender de uma melhor forma melhor forma o mundo à nossa volta (pág.1).
 
“Usa-se cultura como sinônimo de sofisticação, de sabedoria e de educação”. Quando dizemos que alguém “Não tem cultura”, e que alguém é “culto” nos referimos à um certo estado educacional dessas pessoas, indicando com isso, a capacidade de compreensão (pág.1).
Cultura não é equivalente à volume de leituras, controle de informações, e até mesmo se confunde com inteligência. (pág.1).
 
Existe uma prova de associação entre cultura e escolaridade. Segundo Roberto da Matta “Cultura é a palavra usada classificar as pessoas, e às vezes grupos sociais” (pág.1).
Segundo a Antropologia, cultura é usada como conceito chave para a interpretação da vida social. Cultura é em Antropologia Social e Sociológica, um mapa, um receituário, um código do qual as pessoas de uma determinada raçã pensam, classificam, estudam e modificam o mundo à sua volta e a sí mesmas. Dessa maneira, um conjunto de indivíduos com interesse, capacidades distintas, transformam-se num grupo e podem viver juntos sentindo-se parte de um todo, pois a cultura lhes forneceu normas que padronizam seus comportamentos. (pág.1).
 
Todas as formas de cultura são equivalentes, ou seja, não se sub-dividem, criando sub-níveis de cultura. (pág.2).
 
“No sentido antropológico, cultura é um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode ser classificado... Embora cada tipo de cultura contenha um conjunto infinito de regras, suas possibilidades de atualização, expressão e reação em situações concretas, são infinitas” (pág.2).
Algumas sociedades desenvolveram algumas potencialidades mais e melhor do que as outras, mas isso não significa que sejam uma melhor do que a outra. (pág.2)
 
“Mesmo diante de formas culturais aparentemente irracionais, cruéis ou pervertidas, existe o homem, e entendê-las é uma tarefa inevitável”. A cultura nos permite traduzir a diferença entre nós e os outros. (pág.3).
 
No Brasil, existe uma autoflagelação da “classe dominante” que diz que nós temos cultura, mas com a ajuda da Antropologia, podemos ver essa definição negativamente, pois temos nosso modo cultural de agir, que deve ser visto pela nossa potencionalidade. (pág.3).

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Considerações sobre o Livro: Formação de Professores – Pesquisas, representações e poder. “A formação de professores nas licenciaturas: velhos problemas, novas questões”. – Júlio Diniz Pereira

                O objetivo central deste capítulo é analisar os principais problemas  das licenciaturas nos cursos de formação inicial de professores no Brasil.
                A priori, o texto faz um breve histórico sobre as licenciaturas no Brasil, onde não me aterei muito, tais considerações já foram problematizadas no texto do Fiorin. Quero me ater à questão do Bacharelado x a Licenciatura.
                Esses conceitos pelo menos em meu caso, nunca foram trabalhados na minha graduação em Letras (Licenciatura). Na realidade só sabia dos fins do curso de licenciatura, mas não sabia o que o diferenciava do bacharelado.  De acordo com o texto, ambos aparecem em duplicidade em seus objetivos, pois um, forma professores o outro pesquisadores.  Segundo Carvalho & Vianna (1998), “A licenciatura é, portanto, o curso desprezado, com alunos de “pior formação”, aqueles que não têm “queda” para a pesquisa, ou até mesmo, “aqueles que não querem nada”. Considero mais ima vez essa citação desse teórico preconceituosa, pois como mencionei na publicação sobre o texto da PAIVA, me formei em um curso de licenciatura, não tive “a pior formação”, pois lendo a publicação, vocês poderão ver quais as principais disciplinas que fizeram parte de minha grade. A questão de “queda” pela pesquisa, não preciso nem mencionar nada, pois estou no presente momento publicando comentários sobre textos teóricos em meu Lato Sensu em Ensino de Línguas Estrangeiras em meu diário de pesquisa, contrariando o que o autor relata “aqueles que não querem nada”.
                Trabalho sobre a ótica de que sou um profissional de ensino de língua inglesa, e que tenho que ser um professor reflexivo, e minha sala de aula é meu campo de pesquisa, onde atualmente pesquiso sobre ensino de língua inglesa no ensino médio através de nivelamento.
                O que pode se ressaltar de importante nesse texto é que apesar de ambos serem ensino (no caso da graduação), a Licenciatura tem como produto o professor de ensino fundamental e médio e o Bacharelado destina-se à iniciação na formação de pesquisadores.

Comentários sobre o texto “A LDB e a legislação vigente sobre o ensino e a formação de professor de língua inglesa”. – PAIVA (Crítica aos PCNs)

                Primeiramente o texto nos leva a um passeio histórico sobre a história da legislação educacional sobre o ensino de língua estrangeiras e sobre os cursos de Letras e a consequente formação de professores.
                 Segundo o texto após a segunda guerra mundial, é intensificada a dependência econômica e cultural Brasileira em relação aos Estados Unidos e nasce daí a necessidade ou o desejo do aprender inglês e aos poucos, foi invadindo o espaço onde predominava a língua francesa.
                A autora nos relata que “(...) Apesar de todos os setores da sociedade reconhecerem a importância do ensino de língua estrangeira, as políticas educacionais nunca lhe asseguraram uma inserção de qualidade em nossas escolas. (...)”.
                 O texto nos relata que a LDB de 1961 e 1971 ignoram a importância das línguas estrangeiras e deixam de incluí-las dentre as disciplinas obrigatórias. As duas LDBs deixaram a cargo dos Conselhos Estaduais decidirem sobre o ensino de línguas.  A autora faz uma severa crítica ao legislador, que sem se apoiar em nenhuma pesquisa conclui que o ensino de línguas estrangeiras é ineficaz na maioria das escolas. A autora faz a seguinte pergunta: “Seria a escola a única responsável pela ineficácia do ensino ou a legislação também teria sua parcela de culpa?”.
                A não obrigatoriedade das disciplinas de LE após essas LDBS ganham um status inferior ao das disciplinas obrigatórias, pois em alguns estados, as LEs perdem o “poder” de reprovar.
                Em dezembro de 1996, a nova LDB, torna o ensino de LE obrigatório a partir da quinta série do ensino fundamental.  Após esse momento, em 1998 são criados os PCNs para o ensino fundamental pelo MEC, onde a autora de maneira ácida relata que essa foi a primeira demonstração de pouca legitimidade do ensino de idiomas. Segundo a autora, o texto reproduz preconceitos contra as classes populares  e critica arduamente o fato de se privilegiar o ensino de leitura em detrimento de outras habilidades, pois segundo a mesma, o texto dos PCNs nega a importância das habilidades orais e da escrita e também as grandes modificações advindas da informática.
                Para a mesma “O documento, portanto, em vez de impulsionar mudanças na realidade para a implementação de um ensino de qualidade, apresenta uma justificativa conformista ao propor um ensino de LE recortado pela habilidade da leitura, desconhecendo, diferentemente do resto do mundo, a relevância da oralidade (...)”.
                Logo após esse momento a mesma começa a retratar da formação do professor de LE. A mesma permeia entra vários acontecimentos, dentre carga horária dos mesmos, a crítica aos diplomas duplos, etc.
                Em meu ponto de vista, a autora usa uma forte crítica descontextualizada, pois a mesma generaliza o fato de que os cursos de Letras não formam bons professores, e que os mesmos não têm a competência necessária para ensinar a língua.  Isso não pode der generalizado, pois estou eu aqui, escrevendo esse texto, formado por uma universidade privada, trabalho em escolas conceituadas e passei entre os dez primeiros colocados em um Pós no CEFET. A meu ver, a mesma poderia ter falado de “parte” dos alunos e não generalizar a mesma.
Outra crítica feita, é que a mesma relata que parte do currículo dedicada à formação de professores é inexistente e não produzem reflexões sobre o ensino de línguas, eu me descontextualizo desse comentário, pois tive em minha grade na graduação de Letras: Filosofia de Educação, Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, Aspectos Sociológicos e Antropológicos da Educação, Didática, Políticas Públicas, Educação Especial, Libras, Empreendedorismo, entre outras, que me embasaram para ser um bom profissional e estar cursando um curso de Lato Sensu em uma conceituada instituição de ensino Federal.

Considerações sobre o texto: “A criação dos cursos de Letras no Brasil e as primeiras orientações da pesquisa linguística universitária”. - FIORIN

                 O texto retrata uma pesquisa linguística na universidade brasileira, onde foi criado o curso de Letras.  Os mesmos surgem no Brasil na década de 30 com a criação das Faculdades de Filosofia. O texto permeia pelo contexto histórico, indo ao período colonial, onde o ensino superior restringia-se aos cursos de Filosofia e Teologia.
                A priori o curso de Letras estava subdividido em Letras e Português e Línguas Estrangeiras.  Só em 1940 começam a funcionar as cadeiras de Língua e Literatura Espanhola, Língua e Literatura Inglesa e Língua e Literatura Alemã. A orientação programática para o estudo a língua era predominantemente histórica (diacrônica), pois a preocupação com a explicação dos fatos sincrônicos era bem menor. Já o fato linguístico se dava sempre de ordem diacrônica.  Nesse período era fundamental o estudo da Filologia Portuguesa, embasados nos textos antigos.
                Lecionaram na Universidade de São Paulo professores como Roger Bastide, Fernand Braudel, Giuseppe Ungaretti, Claude Lévi-Strauss, etc.  
                No curso superior de Letras Clássicas deveria estudar de um lado a história da língua; de outro lado a sua literatura. A pesquisa linguística nesse momento tinha somente uma orientação nitidamente histórica. Os cursos de Línguas Estrangeiras, no período estudado, estavam muito mais voltados para o mundo da reflexão poética do que para a descrição linguística.
                O que me deixou surpreso é que na graduação do curso de Letras, eu nunca tive contato com textos desse cunho, que nos dá um panorama de como começou o curso de Letras no Brasil, como ele se deu, onde foi, e pelo menos para mim, essas informações supracitadas contribuíram para maior embasamento e enriquecimento sobre o curso ao qual sou graduado.

Reorientação Curricular – Língua estrangeira – Ensino Fundamental e Médio (Curso de atualização para professores regentes)

                Após uma aula com o professor Leandro Cristóvão acerca dos documentos – PCNs e OCNs, onde a SEE/RJ e o corpo docente da UFRJ em uma parceria produziram esse excelente material que servirá para professores regentes de línguas estrangeiras na rede pública estadual.  
A Reorientação Curricular é uma proposta que ganha contornos diferentes face à contextualização de cada escola. Mesmo tendo sido elaborado em 2006, o mesmo nos serve de base na atualidade, pois trabalha com temas voltados para o ENEM, e vou até mais longe, pois parte dos mesmos desenvolvem as habilidades em língua estrangeira  propostas pelo MEC em 2010. Nessa semana mesmo, ao preparar um simulado para a escola onde leciono, me deparei com textos que desenvolviam a H5 e H7, onde os mesmos propõem a associação de vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema e relacionar o mesmo as estruturas linguísticas, sua função e uso social. Vale à pena ler!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Reflexões e considerações sobre o texto: “Dimensões comunicativas no ensino de línguas” – Capítulo 2 – A operação global no ensino de línguas

            De acordo com o texto, quando um professor de LE se propõe a ensinar uma dada língua-alvo, ele tem que passar por quatro tarefas importantes que consistem em primeiramente planejar as unidades de um curso, em seguida, selecionar ou produzir materiais de ensino, embasamento na experiência tida na língua-alvo, seja ela dentro ou fora das salas de aula, logo após fazer a avaliação de rendimento dos alunos.

Segundo Almeida Filho, “(...) Para orientar as decisões e ações do professor na construção do ensino, (...) ao longo do tempo na forma convencional de sessões (ou aulas) pressuponho a força (potencial) reguladora de uma abordagem básica de ensino desse professor”.

Concordo com o mesmo quanto à definição de abordagem, onde a mesma é um conjunto de disposições, conhecimento, crenças, pressupostos e eventualmente princípios sobre o que é aprender e ensinar uma língua estrangeira.  Cada professor tem a sua abordagem de ensino em sala de aula.  

Entende-se, portanto, que os professsores, todos adentram suas salas de aula, ou quando atuam como profissionais antes e depois das aulas, passam a agir orientados por uma abordagem.  Bordieu (1991) se refere a essa condição de ensinar como habitus do professor, um conjunto de disposições tidas e confirmdas pelo professor ao longo do tempo e das experiências.

Para usufruir de uma desejável abordagem consciente e mapeada, o professor necessita desenvolver uma competência aplicada.

A competência profissional, faz os professores conhecer os seus deveres, potencial e importância social no exercício do magistério no ensino de L.E.  Quando ensinam na vida real os professores constróem seu ensino a partir da sua própria abordagem  em tensão com outras forças potenciais e eventualmente sobre o prodimínio de uma delas.
 

ALMEIDA Filho, J.C.P., Dimensões comunicativas no ensino de línguas. 6. ed. Pontes, 2010.

Reflexões e considerações sobre o texto: “Dimensões comunicativas no ensino de línguas” – Capítulo 1 – Ensinar e aprender uma língua estrangeira na escola

                Esse texto nos remete a uma grande reflexão sobre o tema supracitado. Confesso que foi um texto árido, porém foi conseguido extrair a essência do mesmo após algumas leituras.  Segundo o autor: “Aprender uma nova língua na escola é uma experiência educacional que se realiza para e pelo aprendiz/aluno como reflexo de valores específicos do grupo social e/ou étnico que mantém essa escola.”
                O conceito de língua estrangeira pode significar língua dos outros, de antepassados, de estranhos, etc., que segundo Almeida Filho deve ser “desestrangeirizado” ao longo do ano letivo.  Outra consideração pertinente é que esse processo é utilizado para e na comunicação, sem restringir apenas ao domínio oral de suas formas e funcionamento.
                Outro fato que merece o devido destaque é que não só “nós” professores temos a nossa abordagem predileta de ensino, os alunos também tem as suas abordagens de aprendizados, que se dão de acordo com fatores de cunho cultural, onde cada qual para aprender recorre às maneiras típicas da sua região, etnia, classe social e até do grupo familiar restrito em alguns casos.
                Para Almeida Filho “(...) A abordagem de ensinar, por sua vez, se compõe do conjunto de disposições de que o professor dispõe para orientar todas as ações da operação global de ensinar uma língua estrangeira.”  È importante também ter claro o conceito de abordagem, que para o mesmo consiste em uma filosofia de trabalho, verdadeira força potencial capaz de orientar as decisões e ações do professor nas distintas fases da operação global de ensino.
ALMEIDA Filho, J.C.P., Dimensões comunicativas no ensino de línguas. 6. ed. Pontes, 2010.

domingo, 19 de junho de 2011

Resenha crítica do artigo: Projetos de trabalho em educação: uma proposta de vivências interdisciplinares. In: Inglês em sala de aula: ação e reflexão

PIMENTEL, Luciana. Projetos de trabalho em educação: uma proposta de vivências interdisciplinares. In: Inglês em sala de aula: ação e reflexão. p.31-36, São Paulo: Moderna, 2010.



No texto aqui resenhado, a professora e psicopedagoga Luciana Pimentel enfoca a importância da criação projetos interdisciplinares, discute e defende a criação dos mesmos.  Esses projetos em si, trazem uma nova perspectiva ao trabalho pedagógico, trazem um conjunto de ideias acerca das mudanças que deveriam ocorrer nas escolas junto aos docentes. O texto também retrata a realidade da escola brasileira, onde a mesma tem dificultado a participação do docente de LE no exercício da interdisciplinaridade.  


 Portanto, autora acredita que a escola e seu corpo docente e discente necessitam quebrar os paradigmas de cristalização de funções e redefinir seus papéis e suas prioridades no processo de ensino-aprendizagem. A mesma defende que a aprendizagem  acontece a partir da interação entre o aluno e seu objeto de conhecimento.  


Para autora, os projetos interdisciplinares confrontam os professores com a necessidade de romper com as atividades tradicionais, construindo estratégias alternativas para gerenciamento das atividades em turma. Pimentel dialoga com o autor espanhol Fernando Hernandez (1998), onde o mesmo afirma que projetos propõem que o docente abandone o papel de “transmissor de conteúdos” para transformar-se em pesquisador. O aluno, por sua vez, passa de receptor passivo  a sujeito do processo, integrando dessa forma o processo interdisciplinar e ao meu ver, abandonando os moldes jesuíticos de ensino.


A autora, no meu entender, foi bastante sucinta em suas colocações, pois a mesma explicita de maneira clara a importância dos projetos interdisciplinares com embasamento nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), dentro de uma nova perspectiva para o trabalho pedagógico.


No meu ver, a mesma poderia ter anexado mais modelos de projetos e roteiros de trabalho para haver dessa forma, uma dialógica entre o texto e a prática pedagógica, sendo assim, o artigo teria se tornado mais substancial e completo, uma vez que os mesmos trariam uma nova perspectiva para o trabalho pedagógico.


REFERÊNCIAS


HERNANDEZ,F.; VENTURA, M. Organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Marco em minha pesquisa: Primeiro encontro com meu orientador e desenho do meu projeto

Não poderia de relatar esse dia tão importante e pertinente nesse Lato Sensu em Ensino de Línguas Estrangeiras que estou cursando. Venho por esses dias lendo, pesquisado e até mesmo tendo por base algumas leituras indicadas pelo meu orientador Antônio Ferreira. Há duas semanas, havíamos marcado nosso primeiro encontro para delinear tema e esboço da minha pesquisa e monografia. Encontramos-nos às 09:00 no CEFET, na coordenação de línguas estrangeiras. Estava presente na sala, a Claudia Bichara, que me recebeu com muito carinho, e em seguida a Cláudia Lopes de igual modo, foi muito receptiva. Fiquei muito feliz quando a mesma relatou na presença de todos na sala, que eu era um excelente pai, e um professor interdisciplinar, realmente preciso relatar que depois dessa disciplina de Interdisciplinaridade não somente a minha prática mas a de toda a turma, tomará um novo foco.
Voltando ao meu projeto, durante duas horas, eu e meu orientador conversamos, analisamos materiais que trouxe para auxílio no esboço da pesquisa, e a cada minuto que passava, minha pesquisa tomava corpo, se estruturava e através dela, meu sonho se materializava naquele exato momento. Já tenho de inicia os teóricos que vão me dar aporte tanto metodológico, quanto teórico no desenvolvimento da mesma.  No final desse tempo, deixei aquela sala, onde fiz a arguição no processo seletivo, não da maneira que entrei, mas com um novo norteamento para a minha pesquisa.
Agora me cabe ler, produzir e problematizar, para que a mesma a cada dia tome sua forma, e vire um trabalho que não sirva somente para ficar guardado, mas sim ser usado e no decorrer de uns anos, tomar forma de uma dissertação e de uma tese. Antônio, encerro aqui essa postagem, mais uma vez agradecendo a sua prontidão e colaboração. Tudo escrito aqui veio de dentro.  

Considerações sobre o texto: Adolescentes e a aprendizagem de uma língua estrangeira: Características, percepções e estratégias Org. Cláudia Hilsdorf Rocha

O referido texto nos traz uma abordagem interessante sobre o ensino de língua estrangeira para adolescentes. Assim como eu, os colegas sabem que não é uma tarefa muito fácil, pois ambos estão com seus hormônios a flor da pele. Ao ler o mesmo, me deparei com Macowski, que é pioneira em pesquisa voltada para adolescentes brasileiros aprendendo uma nova língua. Interessante, que esse processo de aprendizagem, se dá por fatores biológicos, cognitivos, afetivos e socioculturais. Outro, relacionado a falta de formação adequada pela parte dos professores. Muitos acham que o modelo Jesuítico de ensino ainda funciona, onde o professor atua como detentor do saber, e os demais como os que não sabem nada e precisam aprender. Um erro também que a meu ver muito cometido, é a exposição de gramática, onde também o professor de língua estrangeira se restringe a esse molde, onde não se prende a atenção e muito menos impulsiona os alunos a dizerem que não se aprende língua estrangeira nas escolas. Está na hora de começar a mudar esse quadro e essa infeliz realidade. Quanto à minha parte, estou aqui quase 00:00 , lendo, adquirindo conhecimento para fazer a associação entre teoria, prática e realidade.
Deixo essa pequena reflexão aos colegas.

Formação de professores: saberes da docência e identidade do professor - Pimenta

Caros colegas, esse texto organizado pela Selma Garrido Pimenta, nos traz uma profunda reflexão acerca da formação inicial dos professores. A mesma é pró-reitora da Faculdade de Educação da USP, onde é professora titular de Didática da Faculdade de Educação.  Será que somos somente técnicos reprodutores de conhecimento ou monitores de programas pré-estabelecidos? Nosso papel junto aos nossos alunos vai muito além de tudo que fora supracitado, pois desde os primórdios, executamos um papel não só de ensino, mas de educação e socialização de indivíduos historicamente situados.  Como havia mencionado, na apresentação de seminário pertinente a esse texto, relatei que um erro médico, pode levar uma pessoa à morte, e um nosso, pode levar de 40 a 50 alunos de uma vez. Nós trabalhamos com o caráter formador, não só de falantes de uma língua estrangeira, mas também com a construção de identidade de nossos alunos e através dessa pesquisa, permeada pela leitura desses textos, a pesquisa e melhora de minha prática docente. As tradições precisam ser revistas... Estamos em pleno século XXI, onde temos que lutar a favor da melhora na formação inicial e final de nossos professores.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Communicative Approach - Abordagem comunicativa

No dia 24/05/2001, eu e minhas caras amigas Sílvia e Cristiane, depois de muita leitura, toca de informações e slides, apresentamos nosso trabalho sobre "The Communicative Language Teaching", também chamado Communicative Approach ou Functional Approach, é a versão britânica do movimento
iniciado no início da década de 60 em reação ao estruturalismo (estudo das formas da língua, de sua estrutura gramatical) e do behaviorismo (reflexos condicionados moldando o comportamento). 

Por questões teóricas, denominamos abordagem e não método. A mesma abordagem surgiu no Brasil, na década de 70, de um movimento em reação ao estruturalismo e ao behaviorismo, mas desenvolvida desde os anos 80.

Em uma abordagem comunicativa, o objetivo é o ato de se comunicar e não o conhecimento explícito da gramática ou de frases memorizadas. Durante a aula, fizemos a exposição e argumantação teórica junto a turma, onde a mesma como sempre esteve conosco discutindo e dirimindo todas as questões consonantes a essa abordagem. Logo em seguida, fizemos a demonstração de uma aula, onde eu era o professor, que perguntava em inglês sobre a rotina diária das alunas iniciantes (Sílvia e Cris), logo após a apresentação das mesmas, solicitei às alunas avançadas Patrícia e Myriam, à qual cooperou com seu heterônimo "Maria". Foi muito boa e divertida essa experiência.

Chegamos à conclusão de que cada curso traz um pouquinho de cada método e abordagem, mixando o que há de melhor de cada um.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Comentários sobre o texto: “Algumas concepções errôneas sobre o trabalho científico”

Esse texto acadêmico nos leva a uma importante visão de nosso trabalho acadêmico. Antes da leitura desse texto, eu tinha em mente que tudo começava na observação, e que a partir da mesma, construía-se a base teórica. O método científico não começa na observação, como eu acreditava, pois a mesma é sempre precedida de teorias.  O autor Marco Antônio Moreira, através de seu texto nos diz que: “O relato da observação está impregnado de teoria (...) a observação pressupõe um sistema de expectativas, algo teórico que se antecipa (...) o ato de observar, é influenciado pelo conhecimento prévio e está impregnado de teorias.” É realmente muito importante não ter concepções errôneas sobre nosso trabalho científico. O mesmo inicia-se sempre tendo por base uma teoria, que o dê aporte. Ao ler esse texto, posso concordar com o autor ao dizer que “A produção de conhecimento é uma construção. (...) A visão de ciência predominante hoje é a da construção: o homem constrói o conhecimento científico.” O conhecimento nunca é definitivo e impositivo, e sempre está evoluindo. Fiquei muito feliz quando ao atravessar a Bahia de Guanabara, nas barcas, um amigo meu que está se estruturando para a elaboração de seu projeto de mestrado mudou totalmente o rumo de sua pesquisa, pois o mesmo estava começando já pela execução da pesquisa, sem ter pleno domínio e aporte teórico sobre o que estava pesquisando.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Considerações sobre o texto: “Uma tese é uma tese” de Mario Prata

              Esse com certeza foi um dos momentos mais descontraídos que aconteceram no início das aulas da Pós.  O referido texto trata de um casal que discute acerca de suas teses de doutorado.  Algo que realmente é muito complexo, primeiramente sobre a densidade da leitura.  Não devemos olhar para as teses como um ET e sim como um instrumento de pesquisa que poderá certamente nos auxiliar em nossa jornada acadêmica quanto pesquisadores.  Ao escrever minha monografia da graduação de Letras,   intitulada como:  Hamlet: uma análise histórico literária”, me senti bem feliz ao dissertar e problematizar um  assunto ao qual li diversos livros, versões e que tinha extrema paixão, advinda de minha Professora de Literatura Inglesa, Maria Francisca Velloso.  Eu achei mediano o processo de confecção da monografia, pois a mesma passou por algumas modificações, advinda da minha orientadora Cláudia Rodrigues. Achei um pouco difícil a questão de encontrar um meio-termo entre a história e a literatura inglesa.  Hoje em dia ao reler o referido trabalho, não veria alguma necessidade de mudança, porém o mesmo me fez desenvolver um senso crítico, que não me fez somente me contentar com as bibliografias do Brasil, por algumas vezes, encomendei livros de fora, para auxílio em minha pesquisa, e a minha felicidade se dá, pois sei que a mesma terá um dia uma grande utilidade na área da Literatura Inglesa e da crítica literária, que tem por base uma análise histórica.  

Comentários sobre a elaboração e manutenção de um diário de pesquisa

               Não houve uma pessoa na minha classe que não tivesse ficado assustada quando soube que teria que elaborar um diário de pesquisa. Afinal, o que é isso? Como farei? Como darei conta? Ao olhar para os lados, eu observava a tensão no olhar de cada colega de classe quando o Prof. Antônio nos falou da necessidade do mesmo. Ao longo das aulas, fomos tendo contato com alguns teóricos, que nos esclareceram mais esse ideário, que parecia ser tão distante se nossa realidade acadêmica. Esse diário de pesquisa está materializado nesse blog, ao qual escrevo no presente momento. Não é algo distante e nem bicho de sete cabeças, e sim uma poderosa ferramenta de pesquisa, onde podemos juntamente com todos os colegas compartilhar e problematizar novas idéias.  Despeço-me com um grande abraço à todos.

Um convite à fuga do senso comum

                Lendo sobre “A atitude científica” de Marilena Chauí, me deparei com conceitos fundamentais para qualquer pesquisador, dentre eles o de senso comum. É incrível como esse conceito tramita ao longo dos séculos, desde os primórdios. Como o mesmo não pode nunca estar presente em nenhum ideal de nós pesquisadores da área da lingüística aplicada. Temos ao nosso lado a ciência, que segundo Chauí, “desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e da falta de curiosidade. (...) a atitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas e, em certos casos, afastadas.” Tais considerações nos trazem uma forte reflexão sobre as nossas inquietações e problemas de pesquisa, pois sem os mesmos nunca seria possível a realização de um trabalho acadêmico de qualidade. Todos nós da minha turma do Lato Sensu em ensino de línguas estrangeiras do CEFET, temos vivido homogeneamente nossos problemas e inquietações. A cada dia surge um novo caminho, uma nova leitura, um novo autor, e até mesmo um novo problema a ser trabalhado e pautado na atitude científica. Tenho aprendido a cada semana com as diferentes experiências e novos problemas de pesquisa e abordagem teoria que se levanta na sala de aula. Encerro essa postagem com seguinte citação de Chauí: “ A ciência distingue-se do senso comum  porque este é uma opinião baseada em hábitos. (...) A ciência é conhecimento que resulta de um trabalho racional.(...)”

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000, Unidade 7, As Ciências, Capítulo 1.

Reflexões sobe “O ato de estudar” – Paulo Freire

                Ao ler o texto “O ato de estudar” de Paulo Freire, fiquei impactado com a metáfora usada pelo mesmo. Achei interessante a seguinte a definição do mesmo  “(...) atitude curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar”.  È nessa procura da compreensão das coisas e fatos, que estou nessa breve postagem compartilhando com todos os colegas as minhas inquietações. Concordo com o mesmo quando dia que “Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado”. Em nossa atualidade, nos deparamos com um contexto social complicado no que concerne à leitura e principalmente à interpretação. Hoje em dia em cursos de graduação mesmo, é difícil se ouvir falar em Exegese e Hermenêutica, tais ciências que nos dão aporte para um melhor entendimento sobre nosso texto a ser estudado. Lembro-me da minha aula de gêneros textuais com a professora Luzia Porto, onde problematizamos e nos debruçamos sobre esses dois conceitos supracitados.  O ato de estudar realmente exige disciplina, pois consiste em criar e recriar, e não repetir aquilo o que as pessoas dizem.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler – em três artigos que se completam. 45 ed. São Paulo: Cortez, 2006.p.57-59

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Primeiras palavras...


É com muito contentamento que inicio a primeira postagem desse blog, que tem por objetivo retratar meu diário e pesquisa, referente ao Lato Sensu que estou cursando no CEFET.
Esse curso me traz muitas alegrias, pois me sinto vitorioso em ter passado, pois foi realizado um processo complexo,  tenho um grupo de professores de ponta, uma turma maravilhosa, que com heterogeneidade tanto contribui para meu  crescimento acadêmico.
Dedico esse Blog  à todos supracitados e ao meu orientador Prof. Dr. Antonio Ferreira, que estará me dando todos os direcionamentos necessários para a minha pesquisa.
Segue abaixo links com palestras que ministrei para vossa apreciação.


http://www.youtube.com/watch?v=GJXQABDCHNo&feature=related


http://www.youtube.com/watch?v=m6piR-5B84Q&feature=related


Beijos e abraços,


Marcelo Pessanha