Primeiramente o texto nos leva a um passeio histórico sobre a história da legislação educacional sobre o ensino de língua estrangeiras e sobre os cursos de Letras e a consequente formação de professores.
Segundo o texto após a segunda guerra mundial, é intensificada a dependência econômica e cultural Brasileira em relação aos Estados Unidos e nasce daí a necessidade ou o desejo do aprender inglês e aos poucos, foi invadindo o espaço onde predominava a língua francesa.
A autora nos relata que “(...) Apesar de todos os setores da sociedade reconhecerem a importância do ensino de língua estrangeira, as políticas educacionais nunca lhe asseguraram uma inserção de qualidade em nossas escolas. (...)”.
O texto nos relata que a LDB de 1961 e 1971 ignoram a importância das línguas estrangeiras e deixam de incluí-las dentre as disciplinas obrigatórias. As duas LDBs deixaram a cargo dos Conselhos Estaduais decidirem sobre o ensino de línguas. A autora faz uma severa crítica ao legislador, que sem se apoiar em nenhuma pesquisa conclui que o ensino de línguas estrangeiras é ineficaz na maioria das escolas. A autora faz a seguinte pergunta: “Seria a escola a única responsável pela ineficácia do ensino ou a legislação também teria sua parcela de culpa?”.
A não obrigatoriedade das disciplinas de LE após essas LDBS ganham um status inferior ao das disciplinas obrigatórias, pois em alguns estados, as LEs perdem o “poder” de reprovar.
Em dezembro de 1996, a nova LDB, torna o ensino de LE obrigatório a partir da quinta série do ensino fundamental. Após esse momento, em 1998 são criados os PCNs para o ensino fundamental pelo MEC, onde a autora de maneira ácida relata que essa foi a primeira demonstração de pouca legitimidade do ensino de idiomas. Segundo a autora, o texto reproduz preconceitos contra as classes populares e critica arduamente o fato de se privilegiar o ensino de leitura em detrimento de outras habilidades, pois segundo a mesma, o texto dos PCNs nega a importância das habilidades orais e da escrita e também as grandes modificações advindas da informática.
Para a mesma “O documento, portanto, em vez de impulsionar mudanças na realidade para a implementação de um ensino de qualidade, apresenta uma justificativa conformista ao propor um ensino de LE recortado pela habilidade da leitura, desconhecendo, diferentemente do resto do mundo, a relevância da oralidade (...)”.
Logo após esse momento a mesma começa a retratar da formação do professor de LE. A mesma permeia entra vários acontecimentos, dentre carga horária dos mesmos, a crítica aos diplomas duplos, etc.
Em meu ponto de vista, a autora usa uma forte crítica descontextualizada, pois a mesma generaliza o fato de que os cursos de Letras não formam bons professores, e que os mesmos não têm a competência necessária para ensinar a língua. Isso não pode der generalizado, pois estou eu aqui, escrevendo esse texto, formado por uma universidade privada, trabalho em escolas conceituadas e passei entre os dez primeiros colocados em um Pós no CEFET. A meu ver, a mesma poderia ter falado de “parte” dos alunos e não generalizar a mesma.
Outra crítica feita, é que a mesma relata que parte do currículo dedicada à formação de professores é inexistente e não produzem reflexões sobre o ensino de línguas, eu me descontextualizo desse comentário, pois tive em minha grade na graduação de Letras: Filosofia de Educação, Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, Aspectos Sociológicos e Antropológicos da Educação, Didática, Políticas Públicas, Educação Especial, Libras, Empreendedorismo, entre outras, que me embasaram para ser um bom profissional e estar cursando um curso de Lato Sensu em uma conceituada instituição de ensino Federal.
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