sexta-feira, 29 de julho de 2011

Considerações sobre o texto: “A criação dos cursos de Letras no Brasil e as primeiras orientações da pesquisa linguística universitária”. - FIORIN

                 O texto retrata uma pesquisa linguística na universidade brasileira, onde foi criado o curso de Letras.  Os mesmos surgem no Brasil na década de 30 com a criação das Faculdades de Filosofia. O texto permeia pelo contexto histórico, indo ao período colonial, onde o ensino superior restringia-se aos cursos de Filosofia e Teologia.
                A priori o curso de Letras estava subdividido em Letras e Português e Línguas Estrangeiras.  Só em 1940 começam a funcionar as cadeiras de Língua e Literatura Espanhola, Língua e Literatura Inglesa e Língua e Literatura Alemã. A orientação programática para o estudo a língua era predominantemente histórica (diacrônica), pois a preocupação com a explicação dos fatos sincrônicos era bem menor. Já o fato linguístico se dava sempre de ordem diacrônica.  Nesse período era fundamental o estudo da Filologia Portuguesa, embasados nos textos antigos.
                Lecionaram na Universidade de São Paulo professores como Roger Bastide, Fernand Braudel, Giuseppe Ungaretti, Claude Lévi-Strauss, etc.  
                No curso superior de Letras Clássicas deveria estudar de um lado a história da língua; de outro lado a sua literatura. A pesquisa linguística nesse momento tinha somente uma orientação nitidamente histórica. Os cursos de Línguas Estrangeiras, no período estudado, estavam muito mais voltados para o mundo da reflexão poética do que para a descrição linguística.
                O que me deixou surpreso é que na graduação do curso de Letras, eu nunca tive contato com textos desse cunho, que nos dá um panorama de como começou o curso de Letras no Brasil, como ele se deu, onde foi, e pelo menos para mim, essas informações supracitadas contribuíram para maior embasamento e enriquecimento sobre o curso ao qual sou graduado.

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